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sexta-feira, 24 de junho de 2011

O nascimento do menino Diabo: O meu pé de laranja lima

Tenho lido simultaneamente três livros, e não gosto muito, mas é questão de necessidade. Preciso preparar os contos para os alunos e me dedico à releitura das histórias. Na academia, leio "Não há silêncio que não termine", meu livro tenso, e esses dias li "O Meu pé de Laranja Lima" com a intenção de trabalhá-lo com meus alunos antes das férias. E é sobre este último que quero postar no blog.


O livro tem um título que nunca me faria parar a fim de lê-lo, mas recebi uma indicação e confiei nesta palavra. Não me arrependo, realmente o livro é incrivelmente... triste e lindo. E concordo, o livro deveria se chamar: O nascimento do menino Diabo. Teria medo, também não leria, mas chamaria mais atenção.

Não quero dizer muito da história, porque vou acompanhá-lo com meus leitores do oitavo ano, mas somente depois das férias...

Estou meio sem inspiração para fazer minhas reflexões, mas deixarei uma rapidinha sobre o livro:

Melhor parte: Quando Zezé se torna amigo de Portuga.

Pior parte: As verdades que são apresentadas tão cruelmente a um menino tão feliz, apesar de tudo, e inocente.

Uma frase feliz: "De pedaço em pedaço é que se faz ternura"

Uma frase triste: "Era difícil recomeçar tudo sem acreditar nas coisas."

Uma frase para refletir: "Não chore, meu filho. Você vai ter muito que chorar pela vida, se continuar um menino assim tão emotivo."

Um momento marcante: O Natal sem presentes

Uma lição: "A gente não deve tirar as ilusões de uma criança"

Uma personagem: Portuga

Por meio desta leitura, nós nos apaixonamos pelo mundo de Zezé, chegamos a odiar as pessoas pelos mesmos motivos que ele. E ficamos felizes quando algumas o protegem, como a irmã, Portuga e a professora. Também não se pode deixar de destacar o amor e o cuidado que ele tem com o irmão mais novo, sem contar seu pé de Laranja Lima, o Minguinho, o Xuxuruca, que se torna, por meio de sua imaginação,  uma pessoa compreensiva, sempre pronta a ouvi-lo e mergulhar no mesmo mundo que ele.

Sem dúvida um livro que nos tira inúmeras lágrimas pela dor que sofre, como já avisa o livro na primeira página: "História de um meninozinho que um dia descobriu a dor..." E com ele fazemos essa dolorosa descoberta...

Vale a pena acompanhar a vida de Zezé, seu modo inocente, suas conclusões diante dos fatos, a descrença em um Menino Jesus devido à situação em que vive, a falta de compreensão dos familiares, o jeito amigo, brincalhão. Com Zezé corremos pela rua, engraxamos sapatos, juntamos dinheiro, cantamos um tango, brigamos com aqueles que o maltratam, e nos apaixonamos por aqueles que reconhecem o seu imenso valor!

Agora, alguns trechos...

"Mas como eu não podia cantar por fora, fui cantando por dentro."

"- Por que você não aprende e não faz como eu?
- E como é que você faz?
- Não espero nada. Assim a gente não fica desapontado"

"Vamos dormir. O sono faz a gente esquecer de tudo."

"Você tem que saber que o coração da gente tem que ser muito grande e caber tudo que a gente gosta."

"A vida a gente não resolve assim de uma só manobra."

"(...) a vida sem ternura não é lá grande coisa."

Em breve, postarei sobre o livro tenso: Não há silêncio que não termine. E devo acrescentar... E livro que não termine hahahaha

Bom feriado a todos!

Autos antigos na cidade! Vale a pena conferir!

7 comentários:

  1. "O meu pé de laranja lima" foi um dos melhores livros que li na vida. Inesquecível. O li pela primeira vez acho que na 8ª série também.

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  2. Realmente, inesquecível! Este ano vou pretendo ler com meus alunos!

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  3. Um livro marcante em minha via, lembro que quando o li pela primeira vez, estava na quinta série e com 11 anos, ia para a escola de ônibus, e obviamente lendo o livro, entrei na história do livro, sentia as dores e a alegria do menino Zezé, as vezes me pegava enxugando as lágrimas e me assustava com deliciosas gargalhadas, as pessoas do ônibus, ficavam de olho torto, acredito que até me achavam doida por isso. Amei esse livro e o tenho como favorito ele com o pequeno principe, livros que ficam sempre na cabeceira...

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  4. Um livro inesquecível, despertou em mim as mais profundas emoções...

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    1. Concordo plenamente. Trata-se de um livro que nos encanta profundamente, e nos faz sentir as dores de Zezé no decorrer da leitura. Inesquecível e triste demais!

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Olá, Luciana.

    Eu procurava pela frase: "(...) a vida sem ternura não é lá grande coisa.", quando encontrei o seu blog.

    Essa amizade entre Zezé e Minguinho fantasticamente me encantou, desde o primeiro encontro que tive com José Mauro de Vasconcelos. Ainda hoje, alguns trechos residem no meu coração.

    Gostei de suas palavras, e acompanharei o seu blog.
    Até.

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