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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Talvez amanhã

Por que fazer hoje o que se pode fazer amanhã?




Talvez amanhã eu arrume meu armário...
Talvez amanhã responda uma carta...
Talvez amanhã eu olhe a lua..
Talvez amanhã faça uma visita...
Talvez amanhã passeie com os cachorros...
Talvez amanhã tome alguma atitude...
Talvez amanhã eu fotografe aquela rosa...
Talvez amanhã comece um regime
Talvez amanhã leve vc a sério
Talvez amanhã comece um livro novo...
Talvez amanhã
Talvez...
Talvez...

Nós acabamos nos acostumando a deixar tudo para depois, como se tivéssemos certeza de que esse momento chegará. Não quero dizer que a vida pode acabar logo ali, mas que amanhã pode ser tarde para começar com pé direito, para se reinventar, refazer, recomeçar.
Nem tudo pode ficar para depois, porque nem tudo pode esperar.
Quem vive pelo amanhã, deixa o agora passar por entre os dedos.


Quem terá coragem amanhã, faz-se covarde hoje.
Quem terá ânimo amanhã, faz-se um fraco.
Quem comecará amanhã, ja perdeu o hoje.
Quem decidirá amanhã, perdeu a confiança hoje.
Quem planeja o amanhã, não vive o hoje.


Mas o que diria das pessoas que ao inves de fazerem amanhã, realizam o que desejam ou precisam de última hora, no último segundo!?
Essas são pessoas que acreditam nelas mesmas, na capacidade de concluir o que precisam ali, nos 45 minutos do segundo tempo.
Eu me encontro nesse grupo de pessoas que não deixa para amanhã, mas que não faz ideia do que seja antecedência. E vale dizer, sempre dá tudo certo.

Uma vez, na faculdade, uma professora deu como trabalho: Relatos de Família - para as férias de julho,que não eram essas míseras semanas, mas um mÊs inteiro...
O trabalho exigia que conversássemos com familiares próximos e distantes e resgatássemos suas histórias; e daqueles já mortos, que descobríssemos mais da vida deles pelas pessoas que conviveram.
Saindo da aula, parecia que o trabalho seria a coisa mais linda do mundo. Mas tinha tanto tempo para fazer.... Não era necessário começar naquele minuto.
Porém, na última semana de entrega, lá estava eu, correndo atrás de história e transformando as minhas pessoas em grandes heroínas na vida. Acabou ficando fantástico e guardo com carinho até hoje.

Deixar para amanhã, nesse caso, era passar do prazo.
Isso eu nunca fiz. Nunca deixei para o outro dia, mas sempre estive ali no limite.

No casamento de meu irmão, logicamente, eu fui a última a ficar pronta, e a noiva já estava ali rondando a igreja antes mesmo de chegarmos. No limite, não no amanhã, ou meu irmão teria perdido o casamento.

Outro fato engraçado: quando morava em Campinas, em uma das minhas mudanças, eu e a Cristiane tínhamos que ir até a Imobiliária até 5h entregar um papel, se bem me recordo. Mas saimos de casa 4h30, pegamos um táxi e acompanhávamos o valor da corrida. Chegando no bairro que nem sabíamos onde era, pedimos para descer, e fomos correndo. No último segundo, lá estava o papel.

O que quero concluir neste texto é que quando se resolve fazer algo no amanhã, ou seja, no dia seguinte, as coisas já se passaram, já se perderam, já se desfizeram na espera pelo hoje, nem que seja nos últimos minutos das 24horas.

O amanhã não está ao alcance de nossas mãos...
O hoje é completamente e infinitamente nosso... Por isso se chama presente. E o que fazer com ele? O que vc quiser, o que vc sonhar, o que vc puder, ou o que vc ousar fazer.


Por isso, viva agora todas as emoções, todas as ideias, todos os sonhos, parta em busca do que deseja neste minuto, tome iniciativa, corra atrás, pegue um táxi se for preciso, escreva, grite, chore, sorria, chame, lute, levante e espere se for preciso. Mas não se esqueça, tem que ser hoje, não necessariamente agora, mas hoje.

Mostre mais que ao mundo, mas a você o quanto é capaz de transformar seu dia, sua semana, sua vida, seu destino, seus sonhos...
Talvez amanhã?
Esse tempo serve apenas para aqueles que não estão certos do que querem, precisam, desejam ou sonham....
Talvez amanhã é um zero no dia de hoje.


Talvez amanhã
é um tempo muito incerto para quem espera, infinitamente longo para quem precisa e insignificante para quem espera...


domingo, 25 de julho de 2010

Ler...

Ler é umas das atividades mais gostosas que existem... Há quem ache perda de tempo, aqueles que concordam, os que admiram e os que rejeitam totalmente.



Não sei se sempre gostei tanto assim de ler, mas acredito que hoje compreendo uma frase que ouvi de um escritor, o qual não me recordo o nome, nem a importância, que dizia já bem velho, que não poderia morrer, pois havia muitos livros para serem lidos ainda.

Sábia afirmação... há muitos livros esperando leitores...

Terminei de ler mais um livro: O Guardião de Memórias de Kim Edwards e pensei em escrever não sobre o livro, mas sobre a leitura de qualquer livro...



Quando iniciamos um livro, parece que deixo de ser uma leitora e passo a participar da história, observando cada personagem e acontecimento tão de perto que parece que eu já o conhecia há tempos. Eles têm essa capacidade de sair das páginas e tornarem-se reais para mim.

Ao ler, sempre carrego comigo uma caneta marca-texto, para grifar os mais variados trechos que julgo importante, porque acredito que não lerei o livro novamente, mas posso reler os destaques que fiz.

Pode ser algo de se refletir, uma frase bonita, um trecho triste, um pedaço engraçado, tocante, emocionante e único.
Acho realmente importante e nem sei se aprendi isso com alguém, mas acho que o livro torna-se um exemplar único, realmente singular.

Quando nos envolvemos com a história, deixamos de pensar na nossa vida e a observamos pelos olhos das pessoas que nos aparecem no livro. Às vezes compreendemos as atitudes, admiramos a coragem, temos raiva pelo que fazem e achamos que jamais faríamos igual ou nos espantamos, porque faríamos exatamente a mesma coisa.
Cada livro lido nos propõe uma reflexão sobre nós mesmos, sobre nossas vidas e até sobre o mundo, sobre nossos valores...

Uma pena que nossa cultura não seja de grandes leitores. E minha revolta também reside nos preços dos livros. Eu queria tantos, mas são muito caros. Talvez se fossem mais acessíveis... Mas acredito que poucas são as pessoas tocadas por essa magia incrível de entrar em um mundo totalmente diferente e conhecer essas pessoas que nos apresentam nas mais diversas páginas...

Lembro de uma grande pessoa que me disse uma vez que nunca se sentia sozinha, porque lia bastante. E que os livros lhe faziam companhia...

Também recordo de meu avô, já bem velho, olhando para um livro de Rubem Alves - Se eu pudesse viver minha vida novamente... Leu a primeira página e com os olhos cheios de lágrimas disse que se tivesse tempo, que se conseguisse, gostaria de ler esse livro.



Por fim, quando termimos de ler um livro, sentimos a missão cumprida, mas também um imenso vazio daquelas pessoas que conviveram conosco no tempo da leitura e que, aos poucos, vão se despedindo, cumprindo seu destino na história, e deixando em nós um pouco do que foram, como se tivessem sido reais.


E então ficamos de certa forma em luto, até iniciarmos outra leitura, ainda com saudade daqueles que deixamos nos últimos capítulos, até nos apegarmos a outros que virão...

Ler é um grande prazer, e pela leitura sou uma eterna apaixonada...


Obs: Há pouco tempo, percorri as páginas do livro mais incrível que li, tocante, emocionante, único: A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS de Markus Zusak... em que Liesel Meminger e Hans Hubermann foram personagens dos quais não me esquecerei facilmente... Acho que esse livro merecia uma "página" deste blog.
Dica: Não deixem de ler. Uma história totalmente incrível e contada de uma forma original!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Amigos verdadeiros...



Falar de amigos, é falar de um restrito número de pessoas...
Muitos são colegas, conhecidos, parceiros, companheiros, mas raríssimos são os amigos de verdade.
Para esses não precisamos dizer muito para que sejamos compreendidos...
Não precisamos chamar, porque estão ao nosso lado....
Não precisamos pedir conselho, porque são dados de graça...
Não precisamos procurar, porque estão sempre por perto...

Pense nas pessoas que você tem em sua vida... Naquelas que nunca deixaram você na mão, nas que estiveram sempre ao seu lado sem esperar nada em troca, naquelas que vc leva sem ter uma história ruim para contar, ou qualquer desilusão... Quanto mais selecionamos as opções menos são nossas possibilidades de amizade.

Um amigo de verdade faz com que não se sinta sozinha sem saber na verdade quem é vc. Está sempre pronto para ouvir a horas no telefone, nem que seja para ouvir o mesmo som do programa de tv que estão vendo juntos....

Um amigo de verdade guia vc pelas ruas, dá toda segurança, é um porto-seguro, fazendo que não seja necessário observar o movimento, o ônibus a tomar... porque ele está ali com vc e por vc...

Um amigo de verdade consegue transformar qualquer dia no melhor de todos, faz vc perceber que está em férias, mostra os pequenos detalhes do dia-a-dia que sozinhos não seriamos capazes de perceber....

Um verdadeiro amigo é capaz de deitar no sol num dia de frio e ouvir uma história de 12 páginas atentamente, é sentir a pele arder e dar risada... e ver juntos o quanto o mundo é amplo e o quanto estamos juntos sempre....

Um verdadeiro amigo nos mostra que distância é saudade, e que presença é uma espécie de magia, luz, encanto...

Um amigo verdadeiro faz com que qualquer momento se torne único, que o dia a dia não o seja simplesmente, mas extraordinariamente demais...

Um verdadeiro amigo surge na vida de cada um....
Felizes os que sabem cultivar
Felizes os que têm muito a dar
Felizes os que podem também receber...

Pense nas coisas que vc já fez por essas pessoas... os verdadeiros amigos...
Agora pense no que os verdadeiros amigos fizeram por vc...

Se é pouco o que fez, é tempo de fazer mais...
Se é muito o que fez, saiba manter o equilibrio...
Se não recebeu o bastante, saiba compreender apenas...

Amigos verdadeiros são para poucos...
E para meus amigos verdadeiros, sintam-se homenageados nessas linhas e abraçados com todo meu carinho!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Minha Campinas...

Campinas, devo uma homenagem a você!

No dia 14 de julho ouvi uns dizeres lindos, fazendo referência ao aniversário desta cidade. Emocionante, e sinto que também deveria escrever, principalmente por não ter expressado em suas ruas meus parabéns!




Falar em Campinas me faz pensar em saudade, muita saudade, num desejo absurdo de voltar, numa vontade de reviver... Penso em conquistas diárias, nas perdas, nas lágrimas ai deixadas, mas também em gargalhadas espalhadas por todos os cantos.

Quando me recebeu, Campinas, eu era menina da cidade do interior, não poderia ter reagido diferente: medo das ruas, das pessoas, da imensidão desse lugar, dos inúmeros ônibus, das notícias que via. Minha segurança estava entre as quatro paredes de um apartamento, onde humildemente tinha "meu" sofá azul.



Carregando sempre minha agenda, registrei ali meus medos, minha vontade imensa de retornar, minhas impressões das pessoas, e fazia a contagem regressiva para os tão esperados finais de semana. 


Foi também nesta cidade que fiquei sozinha e recorri a uma pessoa que não conhecia muito bem, mas que veio ao meu encontro, iniciando as os primeiros capítulos de uma amizade que veio a se revelar no passar dos anos como algo incomparável, insuperável e inesquecível.


Pelas ruas, andava rapidamente, com o olhar tão esperto quando os passos. A noite era vista apenas da janela e me parecia um lugar calmo, até mesmo poético, ainda mais quando passei a ouvir uma música como que serenata. Depois de algum tempo, descobri que se tratava de um músico que tocava para alguém, recebendo sempre aplausos no final de cada uma. Algo que nem parecia combinar com aquela cidade, onde as pessoas pareciam viver apenas para elas mesmas, sem saber o nome de seus vizinhos.

Subindo e descendo a Rua Dr Quirino, conheci pessoas das quais não me esquecerei tão fácil, que se não me lembrar dos nomes, não me esquecerei da presença que chegava a ser familiar.



- Os porteiros do saudoso Fragata, que me viam aproximar e já abriam os portões, que conversavam na portaria durante horas, com os quais compartilhava a comida que fazia mandando-a pelo elevador, e que depois fizeram minha mudança e até choraram na despedida.

- A Academia Movimento e Forma que tinha os mais variados personagens: o Carlão que de grande tinha apenas o nome; o Hatha Yoga um senhor que falava sozinho e um dia me convidou para ir a uma danceteria; os amigos bombados que eram imensos e se desfaziam nas férias; o Careca que tinha um carro invocado, uma barbicha e era uma pessoa um tanto estranho; os dois cegos que não acertavam nunca o par de meia; o Castro que dizia ser o Gianecchini e tinha uma tatto que cismava que ela diminuia quanto mais treinava, a Norma sempre de maquiagem forte a qualquer hora do dia ou da noite...

- Mais adiante, o senhor do estacionamento que jogava damas com o mercenário Chaveiro, que tinha um sorriso que já custava no mínimo 50 reias. Devo a ele minha habilidade de consertar tomadas, fios de telefones, antenas de tv e o conhecimento do fio coaxial. Valia qualquer coisa para não dar nenhuma nota a ele.
Vale lembrar que minha mãe sempre foi aflita para não dar minhas informações, e eu brincava que não podia dar o Cep... hahahaha E um dia, quando foi me fazer uma visita, deixou o carro no estacionamento, e minha avó, a Bilia, comentou: "Não fale nada onde vamos". Ao sair do carro, ele disse: "Nem precisa dizer que é a mãe da Luciana."

- Outro personagem presente na rua é o senhor que vendia jogo do bicho, o qual nunca comprei, porque o dinheiro era contado, e não ganharia. O pensamento negativo não me permitia nem questionar o preço. Mas ele sempre cumprimentava e nos acompanhava com o olhar.



- Do outro lado da rua, "nosso mercadinho", onde o Julio sempre nos dava "Bom dia, meninas." Lá ligávamos quando acabava o leite cedo, ele guardava o material quando esquecíamos e chegou a nos dar vodkas quando mudamos...

Chego a ver a rua tal como era. Há tempos que não passo por lá, e imagino que possa estar modificada, com outros personagens que não sabem da minha história, mas seria feliz reencontrá-los.

Por fim, a faculdade, lugar que me ensinou muito do que hoje sei, que me fez crescer, que me mostrou pessoas altamente qualificadas, que me reconheceram e que tão bem me formam.



Uma legião de pessoas merecia um espaço, nem uma linha que fosse, mas seria injusto esquecer de uma que fosse. Então prefiro destacar:


*Liney, a imortal para mim, professora de português, a qual fui monitora durante os anos da faculdade.
* Reynaldo, um fenômeno, professor de inglês que tão bem falava e apresentou os poemas mais fascinantes de Willian Blake entre outros e posso ainda ouvi-lo...
* Graciema, uma professora muito exigente, corretíssima apesar dos dedos tão tortos...
* Professor Aquino, diretor da faculdade, homem culto, das palavras difíceis e fazia qualquer recado parecer uma homenagem...
* Cristiane: minha colega de sala, minha amiga para vida, e minha família na cidade. Juntas estudávamos muito e não compartilhávamos tudo que sabíamos. Tínhamos sempre uma carta na manga... rs
* Karina: minha colega de sala, companheira de muitos dias, divertida, alegre, sempre cantanto desde o amanhecer.
* Vânia: minha colega de sala, uma pessoa dedicada, esforçada e vitoriosa, que dividia tantos dias, tantos momentos engraçados...
* Saulo: aluno da noite, que conheci na sala de informática (CEAM), desde sempre um professor, um poeta incrível, uma pessoa única.
* André: um colega que pela sua beleza não precisava fazer tantos trabalhos quanto nós, e recebia suas notas devido a algumas táticas de sucesso...
* Diomar: aquela que trabalhava na biblioteca, que ensinou a receita de chá de alho e muito sobre amizade e sobre a vida.

Hoje a faculdade já mudou, as pessoas mudaram, casaram, sumiram, mas, em um lugar muito especial dentro de mim, sempre existirão, por terem me mostrado uma cidade que eu não via quando cheguei, pessoas que tornaram o lugar mais aconchegante, familiar, parte de mim.... Pessoas que muito me ensinaram...


Campinas, cidade que tem vida, todos os dias, todas as horas, cidade que não para...
Falar de Campinas é ver que embora tenha escrito muito, ainda falta muito mais a ser dito: os passeios de ônibus em pé, pendurada, ou no fundo pulando nas lombadas, as pessoas engraçadas que estavam dentro dessas lotações e que se dissolveram...
As batidas de porta do vento no Pombal
O saudoso Alitche
A piscina da PUCC
A 13 de maio
A loja de brincos
Unicamp
Cambuí

Em alguns trechos me refiro a nós ao falar da cidade, porque minha história não é somente minha, mas de outra metade: Cristiane, docememente Eliza!



Campinas, toda vez que estou nesta cidade sinto-me abraçada, porque você sabe que foi uma grande professora para mim, que fez com que eu vencesse meus medos, que conhecesse pessoas geniais e eternas, que me fez apaixonar pelo mundo das "Letras" e que me tornou a profissional que hoje sou...

Campinas, um dia desejo voltar para seus braços, mas, se isso não acontecer, saiba que será sempre uma ausência dentro de mim...


Termino com um poema de Drummond que, se não diz tudo, diz muito:

AUSÊNCIA


Por muito tempo achei que a ausência é falta.

E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.


sábado, 3 de julho de 2010

Fim de jogo: e o sonho se desfez!

O tempo do jogo chega quase ao final, os corações param e esperam uma reação, acreditam no impossível, esperam uma virada, uma situação que favoreça nossa torcida. Os olhares grudados no relógio, e o apito final: um sonho desfeito, uma festa silenciada.
A cena fica na memória, como se fosse possivel fotografá-la a cada instante, aos flashes guardamos o momento vivido que não saiu como todos esperavam.
Como todo e qualquer sonho, quando acaba, é muito triste.
Sonho feito de muita luta e de mais ainda esperança...
Sonho batalhado com força e garra...
Sonho que nunca é sonhado sozinho...
Sonho de pessoas, de corações que estavam ali com os pés, mãos, corações e cabeças.
Como qualquer sonho, é a briga entre a razão: que vê que não há o que fazer, e a emoção: que acredita que pode ser...
Porém, em uma luta, em qualquer competição, sempre há um vencedor, aquele que, de alguma forma, mostra-se mais forte e superior.
Cabe ao sonhador reconhecer a perda, e recomeçar, e encarar outra batalha, construir outro sonho e acreditar que pode ser.
Se não há fé, nem esperança, não há campo para se sonhar.
Se há sonhos, há muito para se viver e lutar...
Se há luta, há força e garra para continuar...

O momento é:
ORDEM E REGRESSO

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Palavras

O mundo é feito de palavras: palavras ditas, escritas, silenciadas, gritadas, estampadas dentro e fora da gente.
Com as palavras podemos escrever nossa história: desenvolver trechos que mais gostamos e reduzir outros a apenas uma linha, ou até mesmo a uma palavra apenas...
Com as palavras espalhamos sorrisos, conquistamos pessoas, firmamos nosso espaço, formamos lembranças, lançamos um olhar e podemos tornar certos acontecimentos inesqueciveis.
Como tudo na vida, há o lado positivo e o negativo, e, dependendo do nosso estado de espírito, encontramos ora mais de um, ora mais de outro.
Porém hoje estou pensando nas palavras que encantam e dentre várias estou pensando em poemas.
Como diz Mário Quintana: "“Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente... e não a gente a ele!"
Poemas me fazem pensar, tiram meu chão e dão aquela sensação de que eu poderia ter escrito, porque em alguns está tudo que eu gostaria de dizer. Também escrevo alguns que dizem ao meu coração, mas há tantos que me prendem a atenção pela beleza das palavras, pela profundidade e pela simplicidade que carregam consigo.
Mas como transmitir esse gosto?
Este ano, tive uma experiência nova: trabalhar poesia. Desde muito tempo, sou apaixonada pelo mundo poética, e sempre quis trabalhar com isso. No entando, esta oportunidade nunca me apareceu.
Um fato que me marcou foi quando fiz um projeto na faculdade para trabalhar poesia na 5a. Série (6o. ano hoje). Fiz com toda dedicação, pensando que deveria sensibilizar os alunos para esse mundo.
Quando fui apresentar, um professor me disse que deveria primeiro ensiná-los a marchar... Foi uma grande piada naquela época. Imagine, eu com os alunos na quadra: em frente, MARCHEM!!! hahahahahaha
A realidade me pede mais do que pensava, para que além de sensibilizar, que eu encontre neles o lado poeta de ser.
Ainda não sei o que será: sucesso ou frustação. Mas já vale até aqui o compartilhar de poemas com pessoas que nem sonhei, e, assim o mundo fica mais lindo.
Se conseguirei tocar cada um....
Se irei sensibilizar aqueles olhos que me procuram...
Se o poema chegar de alguma forma até alguém...
Minha missão foi cumprida.
Mas, se não...
"Marcha soldado, cabeça de papel...
Se não marchar direito vai preso pro quartel!"