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sábado, 11 de abril de 2015

A CULPA É DAS ESTRELAS, não minha!

Minha postagem sobre A Culpa é das estrelas já estava pronta, mas, por algum motivo que desconheço, foi perdida, restando apenas a seleção de trechos feita anteriormente.. São pequenos problemas que enfrentamos quando contamos com a máquina... Ela, como tudo, tem também suas desvantagens.

Demorei para me entregar à leitura desse livro que é comentado pela maioria dos adolescentes que conheço, cujo sucesso é fato certo... E, depois de escutar a opinião apaixonada deles, em que uns chegam a ter camiseta, foto no plano de fundo do celular; e também de ouvir a opinião de outros leitores críticos que acharam de mal-gosto... resolvi que precisava fazer a minha análise, experimentar esse exemplar para ver qual o seria o gosto em minha boca.

Se tem um lugar para ele em minha estante, é ao lado de "O Morro dos Ventos Uivantes", pois envolve uma atmosfera tão escura e nos deixa um gosto tão amargo quanto o outro.

Evitei lê-lo por um tempo, quando soube que se tratava de uma doença... A sensação que temos é de que podemos tê-la a qualquer momento. Não posso dizer que senti prazer ao ler cada capítulo, embora tenha ficado envolvida na história... Mas a leitura causa um mal-estar.

Fiquei pensando, durante toda a leitura: o que fez com que esse livro fosse tão lido, tão adorado? O que tem nele que atingiu tamanho público?
Uma das hipóteses me fez pensar na tragédia... Como uma lição, que sem dúvida é, em que não devemos reclamar dos nossos problemas, que tem gente em pior situação... Que há problemas maiores e, muitas vezes, sem solução.




Triste é acompanhar a vida de adolescentes cuja morte os espreita...
É possível sentir até a dor que sentem, a angústia de não saberem como será o dia seguinte... Não que nós saibamos.... Mas há uma dose de desespero, de incerteza que mata aos poucos.


Apesar dessa realidade dolorida, eles fazem planos, sonham, vivem com humor (o que em algumas vezes me fez pensar que a doença é tratada com certa banalidade), tentam levar uma vida normal, fazem desafios, que funcionam como motivação.



E a Culpa é das Estrelas, porque eles não têm culpa de que a doença seja parte do corpo deles, de que tenham que passar por essa situação, conviver com a perda, pensar em uma despedida repentina... A culpa é das estrelas quanto ao final do livro que eles leem quanto da história de cada um, que, embora previsível, fica sem terminar de fato...


Gostei da presença do hábito da leitura nos protagonistas, a paixão por um livro que é citado durante todo a obra... Isso mostra a segurança que eles têm diante daquele relacionamento livro-leitor, que se configura como um momento de prazer, de paz, em que tudo está bem... Afinal é outra história que não a nossa, e, às vezes, é gostoso viver a vida de outras pessoas, pensar na trajetória de outros e deixar a nossa em silêncio por um tempo.



Dei risada ao realizar uma pesquisa na Internet e encontrar uma postagem dizendo: Uma aflição imperial e Peter Van Houten não existem.... kkkk Não custa nada checar.

Minha conclusão a respeito da leitura chega a contrariar a minha vasta seleção de trechos... São tantas frases marcantes, momentos intensos... Mas acredito que há muita coisa boa para ser lida, há histórias lindas, enredos surpreendentes que nos fazem sentir prazer...

Respeito a opinião de quem tem a Culpa é das Estrelas como livro de cabeceira, como romance inesquecível... Na verdade, admiro todas as pessoas que leem, principalmente quando são meus alunos... ou foram... Mas está longe de ser o meu predileto... E a culpa não é minha... A culpa é das estrelas!

Ainda não assisti ao filme, porque não me sinto preparada... Mas quero ver sim e fazer a minha análise... e me entregar ao filme, como qualquer pessoa. Porém tenho uma observação: quero assisti-lo de dia.

SELEÇÃO DE TRECHOS...


"Senhor, dê-me serenidade para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem parra modificar as que posso e sabedoria para reconhecer a diferença entre elas."

"Qual é a sua história?" (Boa pergunta.)

"A dor precisa ser sentida."

"Às vezes as pessoas não têm noção das promessas que estão fazendo no momento em que as fazem."

"Amar é cumprir a promessa mesmo assim."



"Era quase como se ele estivesse ali no meu quarto comigo, mas de um jeito ainda melhor - como se eu não estivesse no meu quarto e ele, não no dele, mas, em vez disso, estivéssemos juntos numa invisível e tênue terceira dimensão até onde só podíamos ir pelo telefone."

"- Talvez o.k. venha a ser o nosso sempre.
- O.k."

"Todo mundo deveria ter um amor verdadeiro, que deveria durar pelo menos até o fim da vida da pessoa."

"Se colocássemos as tulipas num vaso na sala de estar, elas seriam de todos. E eu queria que fossem só minhas." (Sei...)

"É preciso levar a vida com algum humor, da melhor forma possível."



"Você está tão ocupada sendo você mesma, que não faz ideia de quão absolutamente sem igual você é."

"Com este balanço seu filho conhecerá os altos e baixos da vida devagar e com segurança, e também poderá aprender a lição mais crucial de todas: não importa o quão forte seja o impulso, não importa o quão alto chegue, não será possível dar uma volta completa."

"O mais estranho nas casas é que quase sempre elas dão a impressão de que não tem nada acontecendo do lado de dentro, embora a maior parte das nossas vidas seja passada lá."

"(,..) Sei que o amor é apenas um grito no vácuo, e que o esquecimento é inevitável, e que estamos todos condenados ao fim, e que haverá um dia em que tudo o que fizemos voltará ao pó, e sei que o sol vai engolir a única Terra que podemos chamar de nossa, e eu estou apaixonado por você."



"- Vocês sabem o que Dom Périgon disse depois de inventar o champagne?
- Ele chamou os outros monges e disse: Venham depressa! Estou bebendo estrelas."

"O sol era uma criança pequena se recusando terminantemente a ir para a cama: já eram mais de oito e meia da noite e o céu ainda estava claro."

"Seria uma honra ter o coração partido por você."

"O mundo não é uma fábrica de realização de desejos."

"Alguns infinitos são maiores que outros."

"As personagens que nele habitam não possuem vida fora desses rabiscos. O que aconteceu com eles? Todos deixaram de existir no momento em que o livro acabou."


"Até onde eu sei, você pode escolher a forma de contar uma história triste nesse mundo."

"Não vou falar da nossa história de amor, porque, como todas as histórias de amor de verdade, ela vai morrer com a gente, como deve ser."


"Você não imagina o tamanho da minha gratidão pelo nosso pequeno infinito. Eu não o trocaria por nada nesse mundo. Você me deu uma eternidade dentro dos nossos dias numerados, e sou muito grata por isso."

"Sabe como eu sei que você é guerreira? Você chamou uma (dor de nível) dez de nove.
Mas não foi exatamente o que aconteceu. Eu chamei aquilo de nove, porque estava poupando o meu dez."

"Você vai viver uma vida boa e duradoura cheia de momentos maravilhosos e terríveis que você ainda não tem nem como imaginar como serão."

"Sem dor, não poderíamos reconhecer o prazer."

"A tristeza não nos muda. Ela nos revela."



"Nem todo mundo tem essa sorte de ser bom em alguma coisa."

"A ambição voraz dos seres humanos nunca é saciada quando os sonhos são realizados, porque há sempre a sensação de que tudo poderia ter sido feito melhor e ser feito outra vez."

"Ainda que o mundo não tivesse sido feito para os seres humanos, nós tínhamos sido feitos para o mundo."


"Não dá para escolher se você vai ou não vai se ferir neste mundo, meu velho, mas é possível escolher quem vai feri-lo. Eu aceito as minhas escolhas. Espero que ela aceite as dela."



Deixo aqui minha postagem talvez
polêmica. Deixe seu comentário!
Até a próxima postagem...

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