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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Moby Dick: uma história de luta e coragem

Escrevo essa postagem durante minha aula vaga na escola em que trabalho. Sinto-me como Lucas Silva e Silva no clássico "Mundo da Lua".. Gostava tanto dessa série em minha infância... E aqui reproduzo, substituindo gravador pelo computador (com o advento da modernidade) e sussurro...



"Essa é mais uma edição do Blog de Meu Mundo, Minhas Palavras, de Luciana S Avancini, escrevendo diretamente sobre Moby Dick, onde tudo pode acontecer…” 

Os méritos dessa leitura vão para Bruno Franco de Godoi, o Brunão, que tem me surpreendido pela sua entrega aos livros durante este ano. E foi ele que me sugeriu Moby Dick, em especial, pensando nos meus alunos. Deixo aqui meu agradecimento...

Há quem pense que me envolvo apenas com histórias de amor, enredos docemente trágicos, mas também gosto de uma aventura... Sinto-me correndo atrás das pessoas...assim como quando li "As Crônicas de Nárnia".


Moby Dick deixou meu coração acelerado a cada expectativa ou aparição da Baleia Branca... Eu estava com Ismael quando conheceu Queequeg, o medo e a admiração por aquele amigo gigante e forte... Estava também no barco junto do Capitão Ahab desejando vingança e temendo os perigos do mar.

Se analisarmos de uma forma metafórica, esse livro fala sobre busca de metas, realização de objetivos que estabelecemos como norteadores de nossos rumos. Ahab é a coragem em forma de capitão, é liderança, confiança e persistência.


Moby Dick é a grande inimiga que lhe leva pedaços daquele que quer derrotá-la.
E quantas vezes nos acontece exatamente isso?
Nós nos entregamos a determinadas lutas sem qualquer vitória ou recompensa e saímos mutilados.
E o que acontece quando algo nos é tirado?
Deveríamos nos tornar ainda mais fortes, depositando a esperança naquilo que restou de nós e recomeçar. Essa é a saída, sempre foi. Talvez às vezes não seja tão clara, óbvia e de fácil aceitação...

Ahab conta com algumas pessoas em sua batalha marítima, da mesma forma que temos a presença de amigos na vida. Alguns desistem no primeiro perigo, outros se mostram fracos demais e morrem no percurso, porém restam poucos que permanecem ao lado, independente do resultado. Se der certo, a conquista será também daquele que acompanha; mas se der errado, de alguma forma dividiremos o erro, a culpa, o arrependimento...

Gostei do desfecho da história... Da vitória do destino, acima do lutador e do inimigo. E acredito que seja uma grande metáfora da vida. Há uma história já escrita, por mais que venhamos a achar que temos o controle de nossas ações, o que tiver de ser, será!


SELEÇÃO DE TRECHOS...

"Sei que, neste mundo, os ventos sopram com mais frequência contra nós."


"Um sono bom e reparador exige tranquilidade, sossego, solidão."



"A ignorância é irmã do medo."



"Quando um homem dá motivos a que os outros riam dele, mas não se irrita e não se ofende, juntando-se a eles no seu riso, é certo que vale mais do que aparenta..."



"Um homem sem qualquer tipo de medo era muito mais perigoso que um covarde, porque a coragem eficaz é aquela que nasce do real conhecimento dos perigos a serem enfrentados."



"Você fala em vingança. Eu falo em libertação."



"Tudo que atormenta enlouquece."






"Se um homem decide viver, uma simples doença não pode matá-lo: nada pode matá-lo, se ele não concordar."



"A sorte não trata do mesmo modo todos os seus filhos."



"Dizem os mais velhos que quem cruza com os favoritos da fortuna, arrisca-se a pegar um pouco desta aragem."



"Nestas horas, a alma de todo homem espera que alguém escute e procure entender os seus lamentos."



"O que ousei, o que desejei, consegui realizar!"



"Há navios que deixam o porto para nunca mais voltar."




E, de presente, o episódio do Pica Pau que satiriza a história...

http://www.youtube.com/watch?v=l7dvv7KchFU
Observações...

Devo destacar o vocabulário típico da navegação, que me custou uma pesquisa que agora acompanha o livro... 

O valor do exemplar foi um tanto quanto caro ao meu ver: por volta de trinta reais. Porém acredito que vale pelo clássico...

E vamos à leitura com o oitavo ano!
Até a próxima postagem
De onde eu estiver...


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