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terça-feira, 13 de outubro de 2015

A última carta de amor

Esta postagem será sobre o livro "A ÚLTIMA CARTA DE AMOR" de Jojo Moyes. É o primeiro que leio da autora, e fiquei apaixonada pela inteligência na construção do enredo, pelo recorte das cenas, a ligação entre as histórias e a beleza do livro como um todo.


Traz um vocabulário diferenciado que exige pesquisa, caso o livro encontre um leitor curioso e disposto a saber o exato significado das palavras... Mas nada impede que a leitura prossiga por meio das inferências que podem ser feitas.


O livro começa com  Ellie Haworth e uma conversa entre amigos, em que é exposta a vida pessoal da jornalista. O prólogo já nos atira determinadas verdades e provoca reflexões.
A personagem que aparece nas páginas iniciais do livro só retorna a aparecer depois de muitos capítulos... Cheguei a reler para ver qual era mesmo o nome dela e fiquei aguardando seu aparecimento... que talvez tenha sido tardio.


Paralelamente, entramos na história de Jennifer Stirling, uma mulher exuberante da alta sociedade, casada com um homem rico e poderoso. O conflito está no fato de ela ter sofrido um acidente e não se lembrar mais desse relacionamento, e pior, não ter se esquecido completamente de uma grande paixão que tivera, um caso extraconjugal...


A luta de Jennifer é reconstruir essa memória não tão perdida, saber a identidade daquele que ela amou, daquele que escreveu tantas cartas apaixonadas, por quem arriscou seu casamento.... Descobrir seu paradeiro, buscar seus passos, encontrar o momento em que tempo parou, descobrir onde ficou seu coração.

Será que valeria a pena relembrar? Reviver? Reconstruir? Recomeçar?

O destino acaba afastando os dois, muitos fatos acontecem, e quem vai ajudar Jennifer nesse reencontro será justamente a jornalista Ellie, de uma forma surpreendente. 
Duas mulheres de épocas distintas, com concepções diferentes; com histórias de vida, dores e dúvidas tão semelhantes vão nos acompanhar na reconstrução de um passado e na construção de um presente que vai determinar o futuro de cada uma.


O que aconteceu com ele? Está vivo ou morto? Como foi esse relacionamento? Verdades e mentiras sobre essa história serão postas em confronto. 

O livro faz pensar na resistência do verdadeiro amor, no que faz uma mulher deixar uma caixa postal aberta por anos a espera de alguma notícia. Talvez fechá-la seria colocar um ponto final em uma história inacabada, e Jennifer parece que não estava preparada.

Jojo Moyes provoca uma reflexão por meio da história a respeito de nossas escolhas, acima do julgamento entre o certo  e o errado, mas quanto ao que queremos para nossa vida, ao tempo que temos, ao que estamos fazendo com o nosso presente, à real importância de pessoas e momentos que farão todo sentido para sempre.


SELEÇÃO DE TRECHOS...

"- Para mim, as coisas em geral são bastante simples. Uma pessoa gosta de você, você gosta dela, vocês ficam juntos, e é mais ou menos isso.
- Universo legal, esse em que você vive. Pena que não se parece com o real."

"Quando a conheci, achei que você fosse uma coisinha frágil, alguém que eu precisava proteger. Agora percebo que me enganei. Você é a forte de nós dois, a que é capaz de suportar conviver com a possibilidade de um amor como este, e com o fato de que ele jamais nos será permitido."

"Se não vier, saberei o que sentimos um pelo outro, seja lá o que for, não basta."

"Nada no mundo me faria mais feliz do que você encontrar coragem para vir comigo."

"Acho que nós dois sabemos - Mas não terminou a frase. Não precisava."

"Sabia que até uma breve noite como aquela podia ser a lembrança mais preciosa de todas as lembranças preciosas, e que, se fosse para aquele ser o acontecimento definitivo de sua vida romântica, alguma parte dela deveria estar suficientemente consciente para arquivá-la com cuidado em algum lugar. Para que, quando acabasse, ela pudesse revivê-la naquelas noites intermináveis quando estivesse sozinha de novo."

"Quem acha que vai se ofender com o livro não precisa lê-lo."

"Eu sei onde devo estar."

"Ele a beijou, e sabia que estava tentando contar a ela a profundidade do que sentia."

"Disse o nome dela um milhão de vezes, pelo puro luxo de poder fazê-lo."

"Saiba ao menos isso: em algum lugar deste mundo há um homem que sempre a amou e que, por mais que ele tente evitar, desconfia que sempre a amará."



"Só me resta a certeza quando ao que ele pode significar, Simplesmente preciso ouvir que isso significa para você o mesmo que significa para mim: em resumo, tudo."

"Se este último ano lhe ensinara algo, foi a viver no presente. Ela agora melhora em cada momento, recusando-se a tirar-lhe o brilho pensando no seu preço."

"De repente me dei conta, no meio daquela pequena cena de loucura, que ter alguém que nos entenda, que nos deseje, que nos veja como uma versão melhorada de nós mesmos é o presente mais incrível. Mesmo que não estejamos juntos, saber que, para você, eu sou este homem é uma fonte de vida para mim.



"Não sei ao certo como conquistei o direito. Não me sinto totalmente seguro desse direito mesmo agora. Mas a própria chance de pensar em seu rosto lindo, seu sorriso, e saber que alguma parte disso poderia me pertencer talvez seja a coisa mais importante que me aconteceu na vida."

"Você faz uma escolha. Todo mundo faz uma escolha."

"Temos autorização para nos sentirmos tristes quando perdemos alguém que amamos."

"Pergunta-se que outros Anthonys e Jennifers estão sepultados nessas páginas, esperando ter suas vidas mudadas por um acaso ou uma coincidência."

"Certa vez uma pessoa sábia me disse que escrever é perigoso, pois nem sempre podemos garantir que nossas palavras serão lidas no espírito em que foram escritas."

"O mundo deve ser um lugar bom, pois cuidou de você."


"Há poucos finais felizes. Tudo o que tive foi um bônus. "

"Descobriu que é gostoso deixar o mundo girar à sua volta. O mundo faz isso das maneiras mais inesperadas."

"Seria bom pensar que alguém teve um final feliz."



Até a próxima postagem.
Com gostinho de férias...
Semana do saco cheio!
Adoro!!!


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