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domingo, 7 de julho de 2013

Gabriel, o pensador, na escola

Estou tentando colocar o blog e minhas leituras em dia...

A vida de professor exige certa mudança de ritmo, dependendo da seriedade com que cada profissional a encara. Eu detesto acordar cedo, mas visto a camisa da escola em que trabalho com muito prazer e orgulho.


A postagem de hoje será diferente das demais, porque gostaria de compartilhar uma atividade que fiz recentemente com meus alunos do 9º ano.

Incrível como tudo parece que se encaixa. Foi um aluno que veio me mostrar uma música do Gabriel, o pensador: Estudo errado. Ouvi um pedaço, e, em casa, com mais tempo, tive a oportunidade de apreciá-la com mais atenção. O que eles estavam ouvindo? Uma música que faz um protesto contra alguns aspectos da vida escolar, como a inutilidade de certos conteúdos, matérias decorativas.


Achei a letra sensacional, um tapa na cara da educação nos moldes antigos. E aquele aluno, juntamente com outros que fui descobrindo depois, sabiam a extensa letra da música. E a explicação para isso me parece óbvia... Eles concordavam com o Pensador, sabiam aquilo de cor, porque era de coração.

(Quem tiver curiosidade, acesse o link, escute a música e acompanhe a letra.)

Com o passar dos dias, fui seguindo o livro didático, e ali estava uma entrevista com o cantor e compositor. Foi nesse momento que achei apropriado inserir algumas músicas dele e trabalhar interpretação. 
Logicamente que Estudo Errado deveria ser escutada e debatida oralmente, a fim de descobrir o que há de errado ou o que está faltando no ensino.

Porém, a atividade de Interpretação escrita que fizemos estava relacionada à música Palavras Repetidas.

(A fim de conhecer a música, acesse o link.)

Trecho da Música: PALAVRAS REPETIDAS

Terra tá soterrada de violência
De guerra, de sofrimento, de desespero
A gente tá vendo tudo, tá vendo a gente
Tá vendo, no nosso espelho, na nossa frente
Tá vendo, na nossa frente, aberração
Tá vendo, tá sendo visto, querendo ou não
Tá vendo, no fim do túnel, escuridão
Tá vendo no fim do túnel escuridão
Tá vendo a nossa morte anunciada
Tá vendo a nossa vida valendo nada
Tô vendo, chovendo sangue no meu jardim
Tá lindo o sol caindo, que nem granada
Tá vindo um carro-bomba na contramão
Tá vindo um carro-bomba na contramão
Tá vindo um carro-bomba na contramão
Tá vindo o suicida na direção

"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã
porque se você parar pra pensar a verdade não há"

 ANÁLISE DA MÚSICA

1. Na primeira estrofe, é feita uma sequência de cenas vistas, que se inicia no espelho e termina no verso que diz: “Tá vendo nossa vida valendo nada.” De acordo com a música, o que está acontecendo conosco?

2. À medida em que estamos vendo, há outra fato acontecendo quase que simultaneamente.
Com sua palavras, defina o que está vindo em nossa direção.

3. Nesta música há uma ligação com outra “Pais e Filhos", a qual é utilizada como refrão. Qual o sentido deste trecho relacionado à musica?

4. Qual o tema predominante na terceira estrofe após o refrão?

5. Na última estrofe, é possível retirar um pensamento positivo diante de toda situação catastrófica. Que pensamento seria esse? Por que devemos pensar assim?

6. Elabore, como fez Gabriel, o pensador, uma sequência de versos com base nos dias de hoje de fatores que estamos vendo e estão vindo em nossa direção.
Tá vendo .............................................................................
Tá vendo .............................................................................
Tá vindo .............................................................................
Tá vindo .............................................................................


De todas atividades, a que me surpreendeu foi a última, em que observei criações tão tristes, críticas, tão relacionadas ao momento vivido. Foi quando cheguei à conclusão de que não havia outra música para o momento!
Abaixo algumas das respostas do meus queridos do  9ºA, primeira sala em que apliquei a atividade.

Tá vendo o que vocês fizeram? 
Tá vendo a confusão?
Tá vindo manifestação
Tá vindo a revolução

João Batista

Tá vendo a destruição?
Tá vendo a manifestação?
Tá vindo o povo
Tá vindo a razão

Myrella

Tá vendo a destruição?
Tá vendo a corrupção?
Tá vindo a morte
Tá vindo o fim da nossa sorte.

Renan

Tá vendo Hittler?
Tá vendo o Sadan Hussein?
Tá vindo guerra
Tá vindo destruição                           

Matheus Vitor

E termino com duas frases de Gabriel, o Pensador que, de certa forma, apontam o caminho...

"Nem sempre a fraqueza que se sente quer dizer que a gente não é forte."

"Seja você mesmo, mas não seja sempre o mesmo".

Gostou da atividade?
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