Recentemente uma aluna adorável, Gabby, do oitavo ano, mostrou-me um livro que trazia uma linda história: Estopim, o menino voador.
Não sei o que me motivou a leitura, talvez eu quisesse saber qual era a beleza que ela tinha encontrado ou se eu também a encontraria.
Estopim, um menino de imaginação que tem o poder de voar.
Que criança não tem asas?!
Que criança não tem asas?!
Em meio a essa viagem para a Terra dos Desejos, ele conhece algumas pessoas a quem ensina e também aprende muito, inclusive a respeito de sua própria essência.
O menino deseja ser príncipe, motivado pelo que vê em seus voos. Pode-se pensar que ele quer ser algo que não é ou que ainda não é o momento para sê-lo...
Julga que precisa ter um palácio para ser príncipe.
Quantos pensamentos isso tudo me desperta...
Há tanta gente que pensa da mesma forma, julga ser alguém com base naquilo que tem, em sua riqueza material e sem qualquer valor e caráter. Sociedade de príncipes e princesas, onde se pode ouvir o coaxar depois da meia noite, quando o feitiço se quebra...
Também me faz pensar naqueles que buscam seu palácio para se tornarem príncipes, quando o são há muito tempo. Pensam que reinam no palácio conquistado sem amor, quando na verdade são até reis nos voos com a princesa.
É, Estopim, os livros nos caem nas mãos, escolhem-nos como leitores em determinados momentos para nos dizerem algo sobre a vida, para que possamos sair da realidade e voar, como você, para pensarmos e repensarmos sobre muitas questões...
Fico um pouco triste com a pontuação da obra, como professora de português dotada de olhos corretivos... (hahahaha), mas isso em nada prejudica a beleza da obra.
Como disse Rubem Alves, em seu livro Pimentas, há um crítico de suas obras que lhe escreve apenas para corrigir certos usos de palavras, sem dizer se gosta ou não daquilo que lê. "Toma minha sopa e não diz nada sobre ela, mas reclama sempre que o prato está rachado."
Eu não sou assim. Tomo a sopa de Cláudia Ribeiro Rocha, gosto do sabor, tomaria mais vezes. No final, talvez pense no prato... mas isso em nada muda meu carinho por Estopim...
O menino deseja ser príncipe, motivado pelo que vê em seus voos. Pode-se pensar que ele quer ser algo que não é ou que ainda não é o momento para sê-lo...
Julga que precisa ter um palácio para ser príncipe.
Quantos pensamentos isso tudo me desperta...
Há tanta gente que pensa da mesma forma, julga ser alguém com base naquilo que tem, em sua riqueza material e sem qualquer valor e caráter. Sociedade de príncipes e princesas, onde se pode ouvir o coaxar depois da meia noite, quando o feitiço se quebra...
Também me faz pensar naqueles que buscam seu palácio para se tornarem príncipes, quando o são há muito tempo. Pensam que reinam no palácio conquistado sem amor, quando na verdade são até reis nos voos com a princesa.
É, Estopim, os livros nos caem nas mãos, escolhem-nos como leitores em determinados momentos para nos dizerem algo sobre a vida, para que possamos sair da realidade e voar, como você, para pensarmos e repensarmos sobre muitas questões...
Fico um pouco triste com a pontuação da obra, como professora de português dotada de olhos corretivos... (hahahaha), mas isso em nada prejudica a beleza da obra.
Como disse Rubem Alves, em seu livro Pimentas, há um crítico de suas obras que lhe escreve apenas para corrigir certos usos de palavras, sem dizer se gosta ou não daquilo que lê. "Toma minha sopa e não diz nada sobre ela, mas reclama sempre que o prato está rachado."
Eu não sou assim. Tomo a sopa de Cláudia Ribeiro Rocha, gosto do sabor, tomaria mais vezes. No final, talvez pense no prato... mas isso em nada muda meu carinho por Estopim...
SELEÇÃO DE TRECHOS:
"Fecho os olhos e penso que estou nos braços do vento, e o vento me faz subir, subir e subir..."
"Eu posso ser um príncipe e não morar num palácio."
"(...) o que tem uma aparência tão simples pode ser mais rico do que você imagina."
"Você tinha razão quando disse que um verdadeiro príncipe tem um palácio. Mas nem todos os palácios são iguais, porque as pessoas não são iguais. E o mais rico deles não é feito de ouro.
"Você tinha razão quando disse que um verdadeiro príncipe tem um palácio. Mas nem todos os palácios são iguais, porque as pessoas não são iguais. E o mais rico deles não é feito de ouro.
- Então do que é feito o palácio mais rico?
- Você saberá quando se tornar um príncipe.
(...)
- E quando poderei ser um príncipe?
- Quando descobrir o seu palácio."
"Sabe o que você é? Um menino voador. Não porque voa nos ares, mas porque voa em lindos sonhos. Você é criança e toda criança pode voar."
"O palácio que você tanto procura é conquistado com algo muito forte, ele é conquistado com fé. E ter fé é você pensar que é capaz de amar e fazer outras pessoas felizes."
"Um belíssimo palácio irá brilhar dentro de você, quando, além de voar tão alto, você aprender a enxergar além das nuvens."
"Pense no que quer ser, no que quer que cresça dentro de você, e logo esse mundo voltará a viver. Porque toda a vitória de sua vida está em seu modo de pensar."
"O homem que você sonhar ser será um dia."
"Ele procurou ser príncipe através da riqueza e da beleza que se vê com os olhos, e tornou-se príncipe, só que sem a verdadeira beleza, porque não possui fé, nem amor.
"Pernas grandes significam que você só sabia correr, correr e voar, não sabia onde ficar ou o que queria."
"Quando sabemos enxergar, nada nos é impossível."
Gabby, obrigada por dividir comigo esta leitura...
Vou retribuir, emprestando: "Bonequinha de Pano".
Espero que goste tanto quanto eu...
"Pernas grandes significam que você só sabia correr, correr e voar, não sabia onde ficar ou o que queria."
"Quando sabemos enxergar, nada nos é impossível."
Quem acha que professor é aquele que somente ensina, que ganha pouco é porque perde, no cotidiano da sala de aula, oportunidades de ouvir, de aprender e de crescer junto com os seus...
Recado dado!
Gabby, obrigada por dividir comigo esta leitura...
Vou retribuir, emprestando: "Bonequinha de Pano".
Espero que goste tanto quanto eu...
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